Foto via EPICENTER XL

O Dota Pro Circuit vai mudar. E daí?

Filipe Astini, dono da Midas Club, e Vitoria "Guashineen" Otero, da ESL Brasil, comentam as mudanças.

A próxima temporada do Dota Pro Circuit está empolgante para regiões menores como o Brasil. Ao menos duas equipes por região, incluindo a América do Sul, poderão conquistar uma vaga nos Majors de Dota 2 por meio de duas qualificatórias abertas. As demais equipes ainda terão uma terceira oportunidade de buscar sua vaga em um torneio internacional se vencerem a qualificatória regional para um Minor na temporada 2018-19.

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Só uma equipe sul-americana conseguiu participar em cada campeonato na temporada 2017-2018 do Dota Pro Circuit, fosse Major ou Minor, .

PaiN Gaming, SG e-Sports e Infamous Gaming dominaram o cenário sul-americano no último ano. As equipes se revezaram em participações nos torneios internacionais da temporada 2017-18 do Dota Pro Circuit. Equipes de menor destaque, graças às novas vagas, terão mais oportunidades para tentar vencer o trio e conquistar a tão sonhada vaga para jogar no exterior.

Filipe Astini, dono da equipe brasileira Midas Club e produtor de conteúdo de Dota 2, disse ao Dot Esports Brasil que todas as mudanças feitas para a nova etapa do Dota Pro Circuit são positivas. A Midas Club, atual líder invicta da Brasil Premier League de Dota 2, é uma das equipes que disputou muitas qualificatórias sul-americanas na última temporada, mas nunca conseguiu conquistar uma vaga.

Astini diz que as mudanças darão mais “motivação e inspiração” para equipes que tiveram pouco espaço para vencer na temporada anterior do Dota Pro Circuit. “É mais fácil você olhar e pensar ‘tenho que bater Infamous ou SG e vou pra um Major’ ou ‘se bater só uma delas vou para um Minor.’ O objetivo fica mais próximo.” Ele diz ainda que essa nova empolgação das equipes menores deve crescer com o tempo em vez de ser imediata.

Astini também comenta que a atitude da Valve de ampliar vagas para regiões menores faz parte do amadurecimento do Dota 2 como esport. “Qualquer esporte ou esport necessita de fomento desde a categoria de base até o maior nível profissional,” Astini disse. “A Valve, em vez de forçar isso, vai fomentando cada vez mais para aumentar a capilaridade de suas iniciativas.” A Valve, empresa por trás de Dota 2, começa a impactar ainda mais os cenários menores com suas novas ações.

Astini acredita que há pontos negativos levantados em discussões da comunidade que são refutáveis, assim como há pontos positivos que sequer foram notados. “Sobram datas fora do Pro Circuit, o que abre oportunidade para surgimento de iniciativas e talentos locais,” Astini disse.

Vitoria “Guashineen” Otero, uma das responsáveis pela organização das ligas de Dota 2 na ESL Brasil, também diz que as mudanças no Dota Pro Circuit serão ótimas a nível regional, já que haverá mais tempo para os torneios locais no período entre Majors e Minors. “Nesse formato a gente consegue um calendário que acomoda todas as equipes e aumenta o nível regional, que não vai ficar vivendo em torno de qualificatórias abertas”, Guashineen diz.

Majors e Minors do Dota Pro Circuit somaram 26 campeonatos na temporada 2017-18. “Não teve espaço pra ninguém fazer nada,” Guashineen disse, referindo-se à falta de disputas à parte do circuito oficial da Valve. “Nesse novo modelo consigo ver ligas regionais e campeonatos diferentes de Minors e Majors voltando a acontecer.” Ela lembra que os brasileiros da paiN Gaming não disputam a Brasil Premier League de Dota 2 hoje por terem se ocupado com torneios do Dota Pro Circuit durante os estágios iniciais do evento. Isso pode ser evitado com o tempo de sobra deixado pelo novo formato.

Guashineen diz que, além dos torneios regionais, três vagas em torneios internacionais trarão estabilidade ao cenário local, algo que parecia inimaginável antigamente. “Ter uma vaga já parecia uma bênção,” Guashineen brinca, dizendo que esse será o fim da piada de “jogo morto” quando pessoas de fora falam do cenário de Dota 2. “Não tem como o jogo morrer com a possibilidade de três times saindo do país a cada dois meses. Isso vai tornar o cenário rentável, coisa que ele não é.”

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Author
Bhernardo Viana
Guides writer and strategist working in the gaming industry for over 9 years, with works published on Destructoid, Prima Games, ESPN, and more. A fan of Pokémon since I was 6 and an avid Steam Deck and Nintendo Switch player. Now hooked by Balatro and working on AFK Journey.