Foto via Riot Games

Escalada, público no estúdio e franquias: O que a Riot estuda mudar e manter no CBLoL?

Carlos Antunes, o porta-voz da Riot Games Brasil, comentou sobre o presente e futuro do CBLoL.

A KaBuM e-Sports foi a grande campeã da primeira etapa do Campeonato Brasileiro de League of Legends 2018 no domingo. Além da glória de levantar o troféu de frente para uma torcida nos estúdios da Riot Games em São Paulo, a equipe se tornou a primeira campeã no formato de escalada no Brasil.

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Como primeira colocada na fase de grupos, a KaBuM foi direto para a grande final do mata-mata do CBLoL. Nos anos anteriores, ela precisaria ter conquistado esse lugar se vencesse o confronto contra o quarto colocado, a CNB.

A equipe campeã dessa primeira etapa teve de ignorar os gritos da torcida adversária e se motivar com os da sua própria dentro do estúdio, também pela primeira vez. Se o confronto desse domingo tivesse acontecido em 2017, a diferença entre o clima da fase de grupos e da final teria sido só um friozinho na barriga a mais, só que aconteceria no mesmo estúdio vazio de sempre.

Foto via Riot Games Brasil

Em uma primeira etapa de CBLoL com estrutura e funcionamento diferentes do que jogadores, organizações e público haviam visto até aquele momento, o Dot Esports Brasil conversou no evento com um dos porta-vozes da Riot Games Brasil, Carlos Antunes.

Conhecido por seus colegas como Caco, Carlos está na Riot Games desde 2016 e é hoje o Diretor de Esports e Publishing no escritório brasileiro da empresa. Em uma entrevista com nossa equipe, ele comentou sobre as reações de público e jogadores a esse CBLoL renovado.

Também conversamos sobre o interesse da Riot Brasil em trazer o sistema de franquias ao CBLoL, como acontece na League Championship Series norte-americana e acontecerá na europeia. O formato transformaria as vagas do campeonato em propriedade das empresas por trás das equipes, o que acabaria com rebaixamentos e promoções.

Confira a entrevista com Carlos Antunes na íntegra abaixo.

É a primeira vez que o formato de escalada está sendo usado no CBLoL. Diferente de outros formatos de escalada, há uma tanto para subir e ser campeão quanto para descer e disputar a série de promoção. Qual é o feedback das equipes que tiveram que disputar tanto para ser campeãs quanto para as que correm o risco de ser rebaixadas?

A resposta do público tem sido muito boa. Apesar de antes a gente também ter tido a mecânica de semifinais, a escalada traz uma dramaticidade, uma competição maior porque você tem dia-a-dia. Ganhar significa que no dia seguinte a luta continua. A resposta do público tem sido muito interessante.

Dos próprios jogadores profissionais também. A gente tem uma conexão mais direta com a fase de pontos, então os times que vinham ensaiando uma recuperação já no final da fase de pontos, como foi o caso da CNB, conseguiram propagar um pouco esse desempenho para dentro da escalada, então foi um formato que a gente trouxe para o Brasil junto com a melhor de três e acabou tendo um resultado bastante mais satisfatório do que a gente imaginava, um impacto bastante maior.

Com relação à série de acesso, a mesma dinâmica de competição continua. Na verdade, do quinto colocado para baixo do ranking, os times também têm que continuar lutando para permanecer. Então a resposta tem sido muito positiva. A gente acaba fazendo uma conexão melhor entre a fase de pontos e a classificação final.

Outros campeonatos de LoL no exterior usam a escalada, mas o time que fica em primeiro não garante logo a vaga para a final, e sim para a semifinal junto com o segundo colocado. Vocês pensam em testar esse formato ou vocês estão satisfeitos com a escalada como ela está agora nessa primeira etapa do CBLoL 2018?

A gente gostou muito do resultado que deu, mas a gente está sempre avaliando mudanças de formato e como ela melhor cabe.

São dois fatores que a gente precisa levar em consideração. Um deles é o calendário em si, a quantidade de semanas que a gente consegue fazer isso, e o segundo ponto acaba sendo o desempenho e o feedback dos times. Quando acabar o ciclo desse split, a gente vai conversar com os times, vai entender.

Existe uma questão muito interessante do formato que a gente escolheu que é o primeiro colocado ter o lugar garantido na final, então ele tem tempo de buscar scrims ou outro tipo de treinamento, mas ele está garantido na final. Por outro lado, fica um pouco mais tempo sem jogar.

A gente vai ouvir o feedback dos times, mas como uma primeira visão a gente ficou muito satisfeito com o resultado.

A LCS europeia vai começar a implementar o sistema de franquias. Nos esportes tradicionais de lá, isso não é muito comum, como também não é nos esportes do Brasil. Mesmo assim, eles estão tentando implementar no LoL. Existe alguma conversa da Riot Brasil com os jogadores, equipes e investidores para implementar um sistema de franquias ou algo similar aqui no Brasil?

Nesse momento ainda não. A ideia da escolha do modelo de franquia é um modelo que tem que caber muito no mercado local e no perfil dos investidores, dos times locais. O objetivo é buscar uma sustentabilidade de longo prazo para a liga, então diferentes mercados vão dar diferentes soluções. Às vezes você vai encontrar um mercado muito solidificado, muito consolidado como os Estados Unidos, que já tem isso para outros esportes. A Europa tem outras mecânicas que influenciam o mercado que podem fazer isso ser uma solução um pouco mais presente.

A gente ainda está buscando outros caminhos. Não é uma coisa muito tradicional no nosso mercado, e em geral a visão que os jogadores profissionais têm é que o nosso modelo ainda é um modelo mais viável para o Brasil. Mas a gente está continuamente buscando formas de trazer novas empresas, novos organizadores, novos jogadores profissionais para esse mercado para a gente buscar essa sustentabilidade.

A princípio, a gente está buscando outros caminhos.

Esse é o primeiro split de estúdio que vocês incluíram uma plateia. Vocês estão tendo uma boa resposta do público. Vocês pretendem abrir também a fase de grupos em uma segunda etapa para que o público também participe?

Por enquanto a nossa ideia é fazer como a gente está agora. A ideia de abrir a escalada para o público era muito uma ideia desse ano, desse split, da mudança da MD3, da escalada e do próprio estúdio novo. Era muito uma ideia nossa para esse momento.

A gente ainda não tem planos para alterar isso para o futuro, mas de novo, estamos sempre avaliando o que pode acontecer para os próximos anos.

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Author
Bhernardo Viana
Guides writer and strategist working in the gaming industry for over 9 years, with works published on Destructoid, Prima Games, ESPN, and more. A fan of Pokémon since I was 6 and an avid Steam Deck and Nintendo Switch player. Now hooked by Balatro and working on AFK Journey.