A Riot Games respondeu aos últimos desenvolvimentos do processo que enfrenta por discriminação de gênero. Em dezembro, os novos representantes legais das requerentes não aceitaram o acordo preliminar de 10 milhões de dólares.
Em um depoimento ao GameDaily, a desenvolvedora de League of Legends reconheceu que os novos representantes precisavam de mais tempo para conferir o acordo preliminar. A Riot também mencionou seu “comprometimento com a jornada transformadora dos últimos 18 meses”.
A Riot acreditava que o acordo inicial era “justo e adequado” para as circunstâncias. A desenvolvedora disse que a quantia combinada com o California Department of Fair Employment and Housing (uma espécie de conselho trabalhista da Califórnia) que tinha dito que as requerentes mereciam 400 milhões de dólares, não tinha nenhuma base de “fato ou motivo que justifique esse nível de exposição”.
De acordo com a Riot, a empresa continua trabalhando para melhorar a aderência interna a seus valores e vai “[se] defender de falsas narrativas e acusações injustas”.
Para ser seus novos representantes, as requerentes encontraram dois advogados especializados em assédio sexual, emprego e casos de injúria pessoal. Os dois declararam abertamente sua intenção de “garantir que [as mulheres] tenham compensação justa”.
De acordo com o Los Angeles Times, entrar com uma ação conjunta no processo significa que a multa será paga às aproximadamente 1.000 mulheres que trabalharam na Riot desde novembro de 2014. A divisão será feita de acordo com a situação de emprego e duração da contratação.
O processo é só o último passo para exigir que a desenvolvedora tome responsabilidade. O artigo de Cecilia D’Anastasio no Kotaku foi um dos primeiros dossiês sobre a Riot e elucidou a cultura de “brotheragem” e machismo estrutural.
O depoimento completo da Riot pode ser lido aqui.
Artigo publicado originalmente em inglês por Dexter Tan Guan Hao no Dot Esports no dia 24 de fevereiro.