Rase: “As pessoas estão conhecendo quem são os bons jogadores latino-americanos”

O jogador é o primeiro brasileiro a ir ao HCT Summer Championship de Hearthstone.
Foto via Blizzard Entertainment

Lucas “Rase” Guerra quer deixar sua marca no Hearthstone mundial dando um passo de cada vez.

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O jogador foi o primeiro brasileiro a se classificar para uma das quatro etapas mundiais do Hearthstone Championship Tour. Rase conseguiu isso ao ser campeão de seu grupo no torneio Americas Summer Playoffs em maio desse ano. Hoje em Los Angeles para o HCT Summer Championship 2018, Rase continua ambicioso.

Rase confia em sua habilidade com os baralhos de Xamã de Grito de Guerra, Guerreiro de Missão, Druida Cubo e Mago de Feitiços para vencer o HCT Summer Championship. A derrota por 3-2 na partida de estreia para o alemão Torben “Viper” Wahl não deixou a desejar. Rase venceu com Druida e Mago, mas perdeu para o Bruxo Par de Viper na partida decisiva com seu Guerreiro.

Dois dias antes dessa derrota acirrada, conversamos com Rase em uma entrevista coletiva. O jogador brasileiro disse que seus baralhos estão bons e o grupo é favorável para passar de fase no HCT Summer Championship.

Mas Rase acredita que a evolução do cenário brasileiro de Hearthstone também o favorece. Ele diz que a entrada e volta de organizações de esports ao cenário brasileiro aumentou o nível dos jogadores locais. Rase hoje está na RED Canids com Leonardo “Leomane” Almeida e Rodrigo “Perna” Barbosa, com quem sempre treina para torneios.

Se hoje Rase participa de uma etapa global da HCT, ele quer ter pontos o suficiente para se classificar para o campeonato mundial Worlds no fim do ano. Isso também seria inédito para um jogador brasileiro. Antes disso, Rase acredita poder conquistar o Summer Championship em Los Angeles.

Podemos dizer que você teve um ótimo desempenho no ano até agora. Qual é o motivo disso?

Rase – Esse ano eu me juntei à equipe Red Canids. Estou com o Leomane e o Perna e estamos treinando bastante. Acho que é porque temos um ótimo grupo. Estamos treinando muito e fazendo bons baralhos para o torneio, sempre fazendo boas preparações para torneios. Acho que esse é o motivo.

Você acha que o fato de o Hearthstone Championship Tour ter crescido na América Latina te ajudou a ir bem neles?

Acho que esse ano está melhor porque a premiação é maior. Temos algumas oportunidades de disputar qualificatórias online, como o Perna que jogou a qualificatória alemã e foi para [Krefeld] e conseguiu ficar entre os oito melhores. Então estamos tentando mais ainda, estou me preparando mais ainda.

Nos anos passados só tivemos torneios sul-americanos. A premiação não era tão boa. Está muito melhor agora. Estamos jogando muito mais, treinando muito mais e estamos mais bem preparados para o torneio.

Qual é seu objetivo realista para uma colocação nesse torneio? O quão longe você consegue considerando seus baralhos e seus oponentes?

Sempre que disputo qualquer do campeonato, eu tenho que vencer. Sou uma pessoa muito competitiva. O objetivo é sempre vencer. Mas se eu conseguir só ficar entre os quatro melhores vou ficar muito feliz, feliz o suficiente. Realmente quero minha vaga no mundial. Vou tentar ganhar [o HCT Summer Championship], e isso acho que consigo.

Meus baralhos estão bons e acho que posso estar em uma melhor situação do que em alguns outros grupos. Meu grupo tem baralhos de controle ambiciosos, mas acho que consigo. Vou ficar feliz o suficiente com top 4, mas com certeza vou tentar ganhar tudo.

O que você acha que está melhor no Hearthstone profissional brasileiro e o que você acha que ainda pode melhorar na cena do jogo no país?

No Brasil, temos alguns problemas porque as pessoas só gostam de League of Legends e as equipes investem tudo em League of Legends. Mas esse ano, com mais Tour Stops e premiações maiores, algumas equipes passaram a olhar de novo para Hearthstone e querer fazer equipes para tentar competir. Mas ainda temos muito a melhorar porque estamos muito longe de League of Legends. Esse jogo ainda é a única coisa com a qual [as pessoas] se importam.

O que significaria para você ser o primeiro jogador brasileiro a se classificar para o campeonato mundial de Hearthstone?

Com certeza significaria muito porque é sempre bom ser o primeiro. As pessoas sempre se lembram de quem é o primeiro, nunca do segundo. Pessoalmente para mim também seria incrível ir para o mundial em dois jogos diferentes. Sei que há muitas pessoas torcendo por mim e acreditando em mim no Brasil. Eu sei que consigo chegar lá, então espero ter boas compras de cartas e manter a calma. Assim consigo chegar [ao título].

Temos visto mais jogadores latino-americanos aparecendo nos últimos anos. Sei que você atribui parcialmente isso à contribuição de seus próprios companheiros de equipe. O quanto você acha que o envolvimento da Blizzard nos torneios nos últimos anos tem contribuído para isso?

Acho que muito. Quanto mais torneios você jogar, mais preparado você está para tudo. A América Latina inteira está jogando mais qualificatórias online e mais campeonatos. As equipes estão apoiando um pouco mais. Tudo isso está contribuindo para os bons resultados. Agora temos mais disposição também, porque a Copa América é global, então as pessoas estão conhecendo quem são os bons jogadores latino-americanos.

Espero que eu consiga não desapontar as pessoas que estão torcendo por mim. Treinei muito esse mês e acho que me preparei o suficiente para conseguir [o título da HCT Summer Championship].

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Author
Bhernardo Viana
Guides writer and strategist working in the gaming industry for over 9 years, with works published on Destructoid, Prima Games, ESPN, and more. A fan of Pokémon since I was 6 and an avid Steam Deck and Nintendo Switch player. Now hooked by Balatro and working on Dragon's Dogma 2.